Quem já passou pela situação de sentir-se sufocado ao alimentar-se, por mais breve que tenha sido, lembra o quão angustiante é a experiência, e quem já presenciou alguma criança (sim, podem ser nossos filhos!) recorda-se do desespero pelo qual passou.
Estamos falando sobre engasgo.

Mas afinal, o que é engasgo?

O engasgo é uma manifestação de autodefesa do organismo para expelir alimento ou objeto que toma um “caminho errado”, durante a deglutição (ato de engolir). Nossa faringe e laringe (“garganta”) além da função de respirar, falar e se alimentar, também tem a função de proteger nossa via respiratória. Funciona como uma válvula que permanece aberta para permitir a chegada do ar aos pulmões e se fecha quando engolimos algo, isso para bloquear a passagem do alimento para os pulmões e assim encaminhá-lo ao estômago. O engasgo é considerado uma emergência, e em casos graves, pode levar a pessoa à morte por asfixia ou deixá-la inconsciente por um tempo. Sendo assim, agir rapidamente evita complicações.

Como agir em caso de engasgo:

• Primeira providência deve ser chamar por ajuda de alguém próximo até mesmo para ligar para algum serviço de emergência (samu/bombeiros/polícia) e assim já ganhar tempo;
• Em seguida, deve-se realizar a Manobra de Heimlich (Nome do médico americano autor da manobra).
  Posicione-se por trás e enlace a vítima com os braços ao redor do abdome (em caso de criança maior de 2 anos, ajoelhe-se primeiro), caso ela esteja consciente. Uma das mãos permanece fechada sobre a chamada “boca do estômago”. A outra mão comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “boca do estômago” para dentro e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão. Faça movimentos de compressão para dentro e para cima (como uma letra “J”), até que a pessoa elimine o corpo estranho (alimento ou objeto).

Como agir em caso de engasgo em bebês:

• Coloque o bebê de bruços em cima do seu braço e faça cinco compressões (tapas com a mão) entre as escápulas (no meio das costas) com intensidade moderada (não pode ser um “carinho”). Depois desvire a criança e observe a boca e a respiração. Observe se ela chora ou apresenta tosse. Geralmente essa primeira etapa da manobra já é eficaz;
• Tente visualizar o corpo estranho e retirá-lo da boca delicadamente com o cuidado de não empurrar novamente;
• Em caso de insucesso desta primeira manobra, com a criança já desvirada em seu braço faça 5 compressões torácicas (entre os mamilos) com a ponta dos dedos indicador e médio e repita toda a manobra as vezes que forem necessárias.

Lembrando que dificilmente conseguiremos manter a calma porém o ideal é tentar não desesperar-se com a situação para poder proceder corretamente.